O advogado Enilson de Castro, que defende Maria Verônica Aparecida Santos, a falsa grávida de Taubaté (cidade a 140 km de São Paulo), afirmou nesta terça-feira (31) que hoje a mulher é uma pessoa "bem melhor".
- [Maria Verônica] Está melhorando, passo a passo. Ela está recebendo todo apoio da família e eu acho que ela está bem melhor hoje do que aquele quadro que eu encontrei quando tive o primeiro encontro com ela. Naquele quadro ela era uma pessoa, hoje ela é uma outra pessoa, com certeza bem melhor.
Nesta segunda-feira (30), ele afirmou em coletiva que mulher teria fantasiado a gestação de quadrigêmeas depois que realizou um teste de gravidez de farmácia, que teria dado resultado positivo. Durante a entrevista, ele mostrou uma foto em que a sua cliente aparece sem a barriga falsa.
Castro contou ainda que o marido de Verônica comunicou à mulher sobre a vasectomia somente depois ter realizado o procedimento e que Verônica não aceitou a decisão dele porque queria ter mais filhos. A mulher teria então passado a sofrer atrasos na menstruação e, constantemente, desconfiava de que estivesse grávida.
O advogado afirmou que, em um desses atrasos, ela fez um teste de gravidez comprado em uma farmácia e que teria dado positivo. A partir daí, ela sustentou que estava esperando quatro crianças e mentiu inclusive para o marido, que era proibido de tocar em sua barriga. Castro afirmou que sua cliente tem problemas psicológicos e que, atualmente, passa por tratamento psiquiátrico.
Castro afirmou ainda que as pessoas que fizeram doações e quiserem os produtos de volta, podem entrar em contato com a família de Maria Verônica.
Depoimento
Verônica prestou depoimento à polícia na manhã da sexta-feira (27). De acordo com o delegado Ivahir Freitas Filho, ela disse que inventou a história para fazer as pazes com familiares.
- Depois que essa gravidez reaproximou a família, ela acreditou mais na mentira. Foi uma farsa para nós, mas para ela foi uma gestação verdadeira.
Ainda de acordo com o delegado, Verônica afirmou que o marido não sabia da farsa e a mentira foi mantida porque, na primeira gestação, o companheiro foi proibido de tocar em sua barriga (na falsa gestação, teria acontecido a mesma coisa).
Diagnóstico
Segundo o advogado, ainda não há um diagnóstico médico sobre o que levou Maria Verônica a mentir para a imprensa e forjar uma barriga gigante. Como o inquérito está em fase inicial e não há acusação formal do Ministério Público, não foram feitos exames para provar suposta insanidade mental.
Segundo o advogado de Verônica, sua cliente estava fortemente abalada. Ele contou que a barriga que Verônica exibia como sendo de quadrigêmeos era na verdade uma estrutura montada com borracha e pedaços de tecido.
Especialistas já haviam confirmado ao R7 que características da barriga de Verônica indicavam uma farsa.
A desconfiança surgiu depois que Maria Verônica deixou de atender a imprensa. Paralelamente ao sumiço, o obstetra Wilson Vieira de Souza deu uma entrevista à Rede Record, exibida no dia 15 de janeiro, dizendo que sua paciente estava mentindo. De acordo com o médico, ele havia feito um ultrassom no dia 30 de agosto e o exame não apontava gravidez.
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