A Paraíba já tem 18 casos confirmados de infecção pela superbactéria KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase), segundo informação da Secretaria de Saúde do Estado. A mortalidade nos casos da bactéria é de 30% a 40% maior em comparação à mortalidade provocada por infecção hospitalar, afirmou Dirceu Barbano diretor da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O surto de contaminação pela superbactéria está deixando as autoridades de saúde sob alerta. Em João Pessoa já aconteceram reuniões para traçar estratégias de combate à KPC, que já registro casos em boa parte do país. O Distrito Federal tem o maior número de contaminações e mortes. São 183 casos registrados em 17 hospitais – um aumento de quase 70% em menos de duas semanas – e 18 mortes. Dos pacientes infectados pela bactéria no DF, 46 tiveram quadro de infecção e 61 continuam internados em hospitais públicos e privados.
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo informou ontem que não há surto da KPC. Segundo o órgão, os casos isolados em hospitais não são registrados, porque a notificação não é obrigatória. Mas dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contabilizam 70 casos em São Paulo.
A questão da obrigatoriedade de notificar casos envolvendo bactérias resistentes a antibióticos, como a KPC, será discutida hoje (22) em reunião entre técnicos da Anvisa e especialistas em infectologia e microbiologia. Segundo a Anvisa, a legislação atual não expressa, de forma clara, a necessidade do registro obrigatório pelos estados para esse tipo de caso, o que permite interpretações diferenciadas da norma.
O que é?
A KPC é um tipo de enzima que tem provocado resistência de algumas bactérias aos antibióticos mais usados. Ela atinge principalmente pessoas hospitalizadas com baixa imunidade, como pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A bactéria pode ser transmitida por meio do contato direto, como o toque, ou pelo uso de um objeto comum. A lavagem das mãos é uma das formas de impedir a disseminação da bactéria nos hospitais.
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