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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Homem sequestrado vive drama no RN e Paraíba

TENSÃO

Motorista da prefeitura de Carnaubais (RN) foi abordado por 4 homens



Um sequestro com enredo cinematográfico começou em uma cidade do interior do Rio Grande do Norte, passou por João Pessoa e encerrou em Mamanguape – tudo isso em nove horas de duração. O drama real, vivido por um motorista de uma Kombi da Prefeitura Municipal de Carnaubais (RN), situada a 70 km de Mossoró (RN), começou quando ele levou um grupo de oito pessoas até a cidade de Parnamirim, na madrugada deste domingo (10), a serviço da Secretaria de Saúde de Carnaubais.

Poucos minutos depois dos passageiros descerem do veículo, quatro homens se aproximaram do carro pedindo uma carona até a BR. Como o condutor disse que não poderia levá-los porque esperava as pessoas do lado de fora da casa, os suspeitos anunciaram o assalto, por volta das 2h.

Sob ameaças de morte, agressões físicas e verbais, a vítima foi obrigada a dirigir durante alguns quilômetros ao lado dos bandidos. Em seguida, um deles assumiu o volante e mandou o motorista sentar no banco de trás, enquanto os outros amarraram a vítima, vendaram seus olhos com um pano e continuaram a sessão de espancamento. Ele apenas conseguia ouvir os sequestradores combinando de buscar um pacote em João Pessoa, no bairro da Torre, no “Bar do Galego”. Contudo, segundo as conversas ouvidas pela vítima, eles passaram várias vezes em frente ao local, mas não conseguiram pegar a encomenda.

Os acusados chegaram a abastecer o veículo durante o trajeto. Porém, enquanto tentavam voltar para o Rio Grande do Norte, faltou gasolina no carro, nas proximidades de Mamanguape. Sem saída, os sequestradores fugiram da Kombi e ordenaram que a vítima só saísse meia hora depois. O motorista seguiu as orientações e desceu no tempo combinado em busca de ajuda, até encontrar uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que fazia a ronda na área.

Uma testemunha contou à polícia que viu três homens suspeitos passando em direção à cidade. As pistas levaram os policiais até Edson Nogueira de Lima, de 30 anos (que já havia cumprido pena por tráfico de drogas), Hoziel Gomes da Silva, de 30 anos, e Roberto Augusto de Sousa, de 21 anos. Eles estavam sentados conversando em frente ao Fórum de Mamanguape, ainda tentaram reagir à prisão, mas se intimidaram ao perceber que os policiais da 2ª Companhia do 7º Batalhão de Santa Rita estavam fortemente armados.

O quarto homem, identificado apenas como “Galego”, havia se dispersado do grupo momentos antes da prisão. Ele ainda cometeu outo crime, tentou assaltar uma churrascaria situada na BR, fez o proprietário do estabelecimento, sua esposa e filho de reféns, fugiu no carro deles e depois abandonou as vítimas em uma cidadezinha do interior do Rio Grande do Norte. Até o momento não há pistas sobre o seu paradeiro.

Segundo o depoimento dos três acusados detidos, “Galego” era o chefe do grupo e havia apenas convidados os demais para pegar essa “encomenda”, sem revelar do que se tratava. Com eles foram encontrados dois revólveres calibre 38 e uma pistola, sendo uma das armas identificadas como de uso restrito da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte.

Todos os acusados, naturais do Rio Grande do Norte, vão responder por formação de quadrilha, sequestro e porte ilegal de armas. Eles serão encaminhados para o presídio da cidade de Mamanguape.

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